Índice
Quando uma pessoa (ou programa) requer acesso ao sistema, a autenticação confirma a identidade para ser de confiança.
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Atenção |
---|---|
Erros de configuração do PAM podem trancá-lo fora do seu sistema. Terá de ter um CD de recuperação à mão ou arrancar por uma partição de arranque alternativa. Para recuperar, arranque o sistema com eles e corrija a partir daí. |
A autenticação normal de Unix é disponibilizada pelo módulo
pam_unix(8)
sob PAM (Pluggable
Authentication Modules). Os seus 3 ficheiros de configuração
importantes, com entradas separadas por ":
", são os
seguintes.
Tabela 4.1. 3 ficheiros de configuração importantes para pam_unix(8)
ficheiro | permissão | utilizador | grupo | descrição |
---|---|---|---|---|
/etc/passwd
|
-rw-r--r--
|
root
|
root
|
informação da conta do utilizador (filtrada) |
/etc/shadow
|
-rw-r-----
|
root
|
shadow
|
informação segura da conta do utilizador |
/etc/group
|
-rw-r--r--
|
root
|
root
|
informação do grupo |
"/etc/passwd
" contém o seguinte.
... utilizador1:x:1000:1000:Nome de Utilizador1,,,:/home/utilizador1:/bin/bash utilizador2:x:1001:1001:Nome de Utilizador2,,,:/home/utilizador2:/bin/bash ...
Como explicado em
passwd(5),
cada entrada separada por ":
" neste ficheiro significa o
seguinte.
Nome de login
Entrada de especificação de palavra-passe
ID numérico do utilizador
ID numérico do grupo
Nome de utilizador ou campo de comentários
Directório home do utilizador
Interpretador de comandos opcional do utilizador
A segunda entrada de "/etc/passwd
" foi utilizada para a
entrada de palavra-passe encriptada. Após a introdução de
"/etc/shadow
", esta entrada é utilizada para a entrada de
especificação da palavra-passe.
Tabela 4.2. A segunda entrada no conteúdo de "/etc/passwd
"
conteúdo | significado |
---|---|
(vazio) | conta sem palavra-passe |
x |
a palavra-passe encriptada está em "/etc/shadow "
|
* | nenhum login para esta conta |
! | nenhum login para esta conta |
"/etc/shadow
" contém o seguinte.
... user1:$1$Xop0FYH9$IfxyQwBe9b8tiyIkt2P4F/:13262:0:99999:7::: user2:$1$vXGZLVbS$ElyErNf/agUDsm1DehJMS/:13261:0:99999:7::: ...
Como explicado em
shadow(5),
cada entrada separada por ":
" neste ficheiro significa o
seguinte:
Nome de login
Palavra-passe encriptada (O "$1$
" inicial indica o uso de
encriptação MD5. O "*" indica nenhum login.)
Data da última alteração da palavra passe, expressada o número de dias desde 1 de Janeiro de 1970
Número que dias que o utilizador terá que esperar antes de lhe ser permitido alterar a palavra passe outra vez.
Número de dias após os quais o utilizador terá que alterar a sua palavra passe.
Número de dias antes de uma palavra-passe expirar durante o qual o utilizador deve ser avisado
Número de dias após uma palavra passe ter expirador durante os quais a palavra passe deve ainda ser aceite
Data de expiração de uma conta, expressada como o número de dias desde 1 de Janeiro de 1970
…
"/etc/group
" contém o seguinte.
grupo1:x:20:utilizador1,utilizador2
Como explicado em
grupo(5),
cada entrada separada por ":
" neste ficheiro significa o
seguinte.
Nome do grupo
Palavra-passe encriptada (na realidade não utilizada)
ID numérico do grupo
lista de nomes de utilizadores, separada por ","
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Nota |
---|---|
" |
![]() |
Nota |
---|---|
A quantidade real de membros de um grupo de um utilizador pode ser
adicionada dinamicamente se a linha " |
![]() |
Nota |
---|---|
O pacote |
Aqui estão alguns comandos notáveis para gerir informação de conta
Tabela 4.3. Lista de comandos para gerir informação de conta
comando | função |
---|---|
getent passwd <nome_de_utilizador>
|
navegar na informação da conta de
"<nome_de_utilizador> "
|
getent shadow <nome_de_utilizador>
|
explorar informação confidencial (shadow) da conta de
"<nome_de_utilizador>
|
getent group <nome_de_grupo>
|
navegar na informação do grupo de "<nome_do_grupo> "
|
passwd
|
gerir a palavra-passe da conta |
passwd -e
|
definir palavra-passe para uma vez para a activação da conta |
chage
|
gerir a informação de envelhecimento da palavra-passe |
Você pode necessitar de privilégios de root para algumas funções funcionarem. Veja crypt(3) para a encriptação de palavra passe e dados.
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Nota |
---|---|
Num sistema configurado com PAM e NSS como a máquina alioth de Debian, o conteúdo dos
" |
Quando criar uma conta durante a instalação do seu sistema ou com o comando passwd(1), você deve escolher uma boa palavra passe que consista pelo menos de 6 a 8 caracteres incluindo um ou mais caracteres de cada um dos seguintes conjuntos de acordo com passwd(1).
Alfabéticos de minúsculas
Dígitos de 0 a 9
Marcas de pontuação
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Atenção |
---|---|
Não escolha palavras adivinháveis para a palavra passe. O nome de conta, número de segurança social, número de telefone, endereço, data de nascimento, nomes de membros de família ou de animais, palavras do dicionário, sequências simples de caracteres como "12345" ou "qwerty", ... são todas más escolhas para a palavra passe. |
Existem ferramentas independentes para gerar palavras passe encriptadas com sal.
Tabela 4.4. Lista de ferramentas para gerar palavras-passe
pacote | popcon | tamanho | comando | função |
---|---|---|---|---|
whois
|
V:82, I:918 | 207 |
mkpasswd
|
frontend cheio de funcionalidades para a biblioteca crypt(3) |
openssl
|
V:762, I:983 | 1099 |
openssl passwd
|
computa hashes de palavras-passe (OpenSSL). passwd(1ssl) |
Os sistemas modernos tipo-Unix como o sistema Debian disponibilizam mecanismos PAM (Pluggable Authentication Modules) e NSS (Name Service Switch) para o administrador local configurar o seu sistema. O papel destes pode ser resumido ao seguinte.
O PAM oferece um mecanismo de autenticação flexível utilizado pelo software de aplicações e assim involve trocas de dados de palavra-passe.
O NSS oferece um mecanismo de serviço de nomes flexível que é utilizado frequentemente pela biblioteca C standard para obter o nome de utilizador e grupo para programas como o ls(1) e o id(1).
Estes sistemas PAM e NSS necessitam ser configurados de modo consistente.
Os pacotes notáveis dos sistemas PAM e NSS são os seguintes.
Tabela 4.5. Lista de sistemas PAM e NSS notáveis
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
libpam-modules
|
V:728, I:999 | 852 | Pluggable Authentication Modules (serviço básico) |
libpam-ldap
|
V:7, I:23 | 265 | Pluggable Authentication Module que permite interfaces LDAP |
libpam-cracklib
|
V:5, I:25 | 148 | Pluggable Authentication Module para activar suporte a cracklib |
libpam-doc
|
I:3 | 986 | Pluggable Authentication Modules (documentação em html e texto) |
libc6
|
V:918, I:998 | 10280 | GNU C Library: Bibliotecas de partilha que também disponibilizam o serviço "Name Service Switch" |
glibc-doc
|
I:19 | 2258 | Biblioteca GNU C: Manuais (Manpages) |
glibc-doc-reference
|
I:7 | 11934 | Biblioteca GNU C: Manual de referência em info, pdf e html (não-livre) |
libnss-mdns
|
I:587 | 106 | Módulo NSS para resolução de nomes Multicast DNS |
libnss-ldap
|
I:22 | 293 | Módulo NSS para utilizar o LDAP como um serviço nomeador |
libnss-ldapd
|
I:17 | 131 |
Módulo NSS para usar o LDAP como um serviço nomeador (nova bifurcação de
libnss-ldap )
|
"O Guia do Administrador do Sistema Linux-PAM" em
libpam-doc
é essencial para aprender configuração do PAM.
A secção "System Databases e Name Service Switch" em
glibc-doc-reference
é essencial para aprender a
configuração do NSS.
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Nota |
---|---|
Você pode ver uma lista mais extensa e actual pelo comando
" |
![]() |
Nota |
---|---|
PAM é a maneira mais básica de inicializar variáveis de ambiente para cada programa com o valor predefinido de todo o sistema. |
Aqui estão alguns ficheiros de configuração notáveis acedidos pelo PAM e NSS.
Tabela 4.6. Lista de ficheiros de configuração acedidos pelo PAM e NSS
ficheiro de configuração | função |
---|---|
/etc/pam.d/<nome_do_programa>
|
defina a configuração do PAM para o programa
"<nome_do_programa> "; veja
pam(7)
e
pam.d(5)
|
/etc/nsswitch.conf
|
define a configuração NSS com a entrada para cada serviço. Veja nsswitch.conf(5) |
/etc/nologin
|
limita o login de utilizador pelo módulo pam_nologin(8) |
/etc/securetty
|
limita a tty para o acesso de root pelo módulo pam_securetty(8) |
/etc/security/access.conf
|
define limites de acesso pelo módulo pam_access(8) |
/etc/security/group.conf
|
define a restrição baseada em grupo pelo módulo pam_group(8) |
/etc/security/pam_env.conf
|
define as variáveis de ambiente pelo módulo pam_env(8) |
/etc/environment
|
define variáveis de ambiente adicionais pelo módulo
pam_env(8)
com o argumento "readenv=1 "
|
/etc/default/locale
|
define o locale pelo módulo
pam_env(8)
com o argumento "readenv=1 envfile=/etc/default/locale "
(Debian)
|
/etc/security/limits.conf
|
define restrição de recursos (ulimit, core, …) pelo módulo pam_linits(8) |
/etc/security/time.conf
|
define a retenção de tempo pelo módulo pam_time(8) |
A limitação da selecção da palavra-passe é implementada pelos módulos do PAM, pam_unix(8) e pam_cracklib(8). Eles podem ser configurados com os seus argumentos.
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Dica |
---|---|
Os módulos PAM utilizam o sufixo " |
A moderna gestão de sistema centralizada pode ser implantada utilizando o servidor centralizado Lightweight Directory Access Protocol (LDAP) para administrar muitos sistemas tipo-Unix e não-tipo-Unix na rede. A implementação de código aberto do Lightweight Directory Access Protocol é o Software OpenLDAP.
O servidor LDAP disponibiliza para o sistema Debian a informação de conta
através do uso de PAM e NSS com os pacotes libpam-ldap
e
libnss-ldap
. São necessárias várias acções para activar
isto (eu não utilizei esta configuração e o seguinte é puramente informação
secundária. Por favor leia isto neste contexto.).
Você configura um servidor LDAP centralizado ao correr um programa como o daemon de LDAP autónomo slapd(8).
Você altera os ficheiros de configuração do PAM no directório
"/etc/pam.d/
" para utilizar
"pam_ldap.so
" em vez do predefinido
"pam_unix.so
".
Debian utiliza "/etc/pam_ldap.conf
" como ficheiro de
configuração para libpam-ldap
e
"/etc/pam_ldap.secret
" como ficheiro para armazenar a
palavra-passe do root.
Você altera a configuração do NSS no ficheiro
"/etc/nsswitch.conf
" para usar "ldap
"
em vez da predefinição("compat
" ou
"file
").
Debian utiliza o "/etc/libnss-ldap.conf
" como o ficheiro
de configuração para libnss-ldap
.
Você tem de fazer libpam-ldap
para usar a ligação SSL (ou TLS) para a segurança da palavra-passe.
Você pode fazer a libnss-ldap
usar ligação SSL (ou TLS) para assegurar a integridade dos dados
à custa de maior sobrecarga da rede LDAP.
Você deve correr o nscd(8) localmente para colocar em cache quaisquer resultados de busca LDAP de modo a reduzir o tráfego de rede do LDAP.
Veja as documentações em
pam_ldap.conf(5)
e "/usr/share/doc/libpam-doc/html/
" oferecidas pelo
pacote libpam-doc
e "info libc 'Name Service
Switch'
" oferecida pelo pacote glibc-doc
.
De modo semelhante, você pode configurar sistemas centralizados alternativos com outros métodos.
Integração de utilizador e grupo com o sistema Windows.
Aceda a serviços de domínio Windows com
os pacotes winbind
e libpam_winbind
.
Veja winbindd(8) e Integrar Redes MS Windows com Samba.
Integração de utilizador e grupo com o sistema antigo tipo-Unix.
Acesso NIS (originalmente chamado
YP) ou NIS+ pelo pacote
nis
.
Veja o Linux NIS(YP)/NYS/NIS+ HOWTO.
Esta é a famosa frase no fundo da antiga página "info su
"
por Richard M. Stallman. Não se preocupe, o comando su
actual em Debian utiliza PAM, portanto esse pode restringir a habilidade de
utilizar su
ao grupo root
ao activar a
linha com "pam_wheel.so
" em
"/etc/pam.d/su
".
Instalar o pacote libpam-cracklib
permite-lhe forçar
regras de palavra-passe rigorosas, por exemplo, ao ter linhas activas em
"/etc/pam.d/common-password
" como se segue.
Para squeeze
:
password required pam_cracklib.so retry=3 minlen=9 difok=3 password [success=1 default=ignore] pam_unix.so use_authtok nullok md5 password requisite pam_deny.so password required pam_permit.so
![]() |
Nota |
---|---|
Veja Secção 9.3.15, “Tecla Alt-SysRq” para restringir a funcionalidade do kernel chave de atenção segura (SAK). |
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Dica |
---|---|
Sob systemd, pode ser usado o logind para gerir os logins dos utilizadores. Veja systemd-logind(8). |
O
sudo(8)
é um programa desenhado para permitir a um administrador de sistema dar
privilégios de root limitados a utilizadores e registar a actividade do
root. O sudo
necessita apenas da palavra-passe de um
utilizador normal. Instale o pacote sudo
e active-o ao
definir opções em "/etc/sudoers
". Veja um exemplo de
configuração em "/usr/share/doc/sudo/examples/sudoers
" e
Secção 1.1.12, “Configuração do sudo”.
A minha utilização do sudo
para o sistema de único
utilizador (veja Secção 1.1.12, “Configuração do sudo”) destina-se a
proteger-me da minha própria estupidez. Pessoalmente, Eu considero utilizar
o sudo
uma melhor alternativa do que utilizar o sistema a
partir da conta de root a toda a hora. Por exemplo, o seguinte muda o dono
de "<algum_ficheiro>
" para
"<meu_nome>
".
$ sudo chown <meu_nome> <algum_ficheiro>
Claro que se você conhecer a palavra-passe de root (como os utilizadores de
sistemas Debian auto-instalados conhecem), qualquer comando pode ser
executado sob root a partir da conta de qualquer utilizador usando
"su -c
".
PolicyKit é um componente do sistema operativo para controlar privilégios a nível global em sistemas operativos tipo-Unix.
Aplicações GUI mais recentes não são desenhadas para correr como processos privilegiados. Estas falam com os processos privilegiados através de PolicyKit para executar operações administrativas.
O PolicyKit limita tais operações a contas de utilizador pertencentes ao
grupo sudo
no sistema Debian.
Veja polkit(8).
Security-Enhanced Linux (SELinux) é um mecanismo para apertar o modelo de privilégios mais do que o normal modelo de segurança tipo-Unix com as políticas de controle de acesso mandatário (MAC). O poder do root pode estar restringido sob algumas condições.
Para a segurança do sistema, é uma boa ideia desactivar o máximo de programas de serviços possíveis. Isto torna-se crítico em servidores na rede. Ter servidores não utilizados, activados directamente como daemon ou via programa super-server, são considerados riscos de segurança.
Muito programas, como o sshd(8), utilizam controlos de acesso baseados no PAM. Existem muitas maneiras de restringir o acesso a alguns serviços de servidor.
ficheiros de configuração:
"/etc/default/<nome_do_programa>
"
configuração de runlevel para daemon
"/etc/inetd.conf
" para super-server
"/etc/hosts.deny
" e "/etc/hosts.allow
"
para wrapper de TCP,
tcpd(8)
"/etc/rpc.conf
" para RPC da
Sun
"/etc/at.allow
" e "/etc/at.deny
" para
atd(8)
"/etc/cron.allow
" e "/etc/cron.deny
"
para
crontab(1)
Firewall de Rede da infraestrutura netfilter
Veja Secção 3.2.3, “O exemplo de gestão do runlevel”, Secção 3.2.4, “O parâmetro predefinido para cada script de init”, Secção 4.5.1, “Ficheiros de configuração acedidos pelo PAM e NSS”, Secção 3.2.8, “Inicialização do serviço de rede”, e Secção 5.9, “Infraestrutura netfilter”.
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Dica |
---|---|
Se você tem problemas com acesso remoto num sistema Debian recente, comente
configurações ofensivas tais como "ALL: PARANOID" em
" |
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Nota |
---|---|
A informação aqui pode não ser suficiente para as suas necessidades de segurança, mas deverá ser um bom começo. |
Muitos serviços de transporte populares comunicam mensagens incluindo a a autenticação de palavra-passe em texto simples. É má ideia transmitir as palavras-passe em texto simples pela Internet onde podem ser interceptadas. Você pode correr estes serviços sobre "Transport Layer Security" (TLS) ou o seu antecessor, "Secure Sockets Layer" (SSL) para assegurar toda a comunicação incluindo a palavra-passe pela encriptação.
Tabela 4.7. Lista de serviços e portos inseguros e seguros
nome do serviço inseguro | porto | nome do serviço seguro | porto |
---|---|---|---|
www (http) | 80 | https | 443 |
smtp (mail) | 25 | ssmtp (smtps) | 465 |
ftp-data | 20 | ftps-data | 989 |
ftp | 21 | ftps | 990 |
telnet | 23 | telnets | 992 |
imap2 | 143 | imaps | 993 |
pop3 | 110 | pop3s | 995 |
ldap | 389 | ldaps | 636 |
A encriptação custa tempo de CPU. Como uma alternativa amiga para o CPU, você pode manter a comunicação em texto simples enquanto segura apenas a palavra-passe com um protocolo de autenticação de segurança como o "Authenticated Post Office Protocol" (APOP) para POP e "Challenge-Response Authentication Mechanism MD5" (CRAM-MD5) para SMTP e IMAP. (Para enviar mensagens de mail pela Internet para o seu servidor de mail a partir do seu cliente de mail, recentemente é popular utilizar o porto 587 para submissão de novas mensagens em vez do tradicional porto 25 do SMTP para evitar o bloqueio do porto 25 pelo provedor de Internet enquanto você se autentica com CRAM-MD5.)
O programa Secure Shell (SSH) disponibiliza comunicações encriptadas e seguras entre duas máquinas sem confiança sobre uma rede insegura com a autenticação de segurança. Consiste no cliente OpenSSH, ssh(1), e no daemon OpenSSH, sshd(8). Este SSH pode ser utilizado como túnel de segurança para protocolos de comunicação inseguros como o POP e X pela Internet com a funcionalidade de reencaminhamento de portos.
O cliente tenta autenticar-se a si próprio utilizando autenticação baseada na máquina, autenticação de chave pública, autenticação por resposta a desafio, ou autenticação por palavra-passe. O uso de autenticação de chave pública activa o login remoto sem-palavra-passe. Veja Secção 6.9, “O servidor de acesso remoto e utilitários (SSH)”.
Mesmo quando correr serviços seguros como o Secure Shell (SSH) e servidores de Protocolo de túnel ponto-para-ponto (PPTP), ainda existe hipótese de invasões que utilizam ataques de força bruta à palavra-passe, etc. a partir da Internet. A utilização de politicas de firewall (veja Secção 5.9, “Infraestrutura netfilter”) juntamente com as seguinte ferramentas de segurança podem melhorar a situação de segurança.
Tabela 4.8. Lista de ferramentas para disponibilizar medidas de segurança extra
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
knockd
|
V:0, I:2 | 164 | pequeno daemon port-knock knockd(1) e cliente konck(1) |
fail2ban
|
V:72, I:82 | 563 | banir IPs que causam vários erros de autenticação |
libpam-shield
|
V:0, I:0 | 154 | bloquear atacantes remotos que tentam adivinhar a palavra-passe |
Para prevenir que pessoas acedam à sua máquina com privilégios de root, você precisa de tomar as seguintes acções.
Prevenir acesso físico ao disco rígido
Bloquear a BIOS e prevenir o arranque a partir de suportes amovíveis
Definir palavra-passe para sessão interactiva do GRUB
Bloquear o menu do GRUB de ser editado
Com acesso físico ao disco rígido, redefinir a palavra-passe é relativamente fácil com os seguintes passos.
Mover o disco rígido para um PC com uma BIOS com arranque a partir de CD.
Arrancar o sistema com um suporte de recuperação (disco de arranque Debian, CD Knoppix, CD GRUB, ...)
Montar a partição raiz com acesso de leitura/escrita.
Editar "/etc/passwd
" na partição raiz e tornar vazia a
segunda entrada para a conta root
.
Se tiver acesso de edição à entrada do menu do GRUB (veja Secção 3.1.2, “Estágio 2: o gestor de arranque”) grub-rescue-pc
no
momento do arranque, é ainda mais fácil com os seguintes passos.
Arrancar o sistema com o parâmetro de kernel alterado para algo como
"root=/dev/hda6 rw init=/bin/sh
".
Editar "/etc/passwd
" e tornar a segunda entrada para a
conta root
vazia.
Reiniciar o sistema.
A shell de root do sistema está agora acessível sem palavra-passe.
![]() |
Nota |
---|---|
Após alguém ter acesso à shell de root, pode aceder a tudo no sistema e
reiniciar quaisquer palavras-passe no sistema. Mais ainda, pode comprometer
a palavra-passe para todas as contas de utilizadores usando ferramentas de
de crack de palavra-passe por força bruta como os pacotes
|
A única solução de software razoável para evitar estas preocupações é usar
uma partição raiz encriptada por software (ou uma partição
"/etc
" utilizando dm-crypt
e initramfs (veja Secção 9.8, “Dicas de encriptação de dados”). Assim, vai
necessitar sempre de palavra-passe para arrancar o sistema.